segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

CONSTRUTIVISMO RUSSO


Grupo: Renata Cáceres e Maria Olimpio da Silva

O Construtivismo[1] originou-se na Rússia em 1914-32 liderado por Vladimir Tatlin. Foi um movimento estético de renovação artística na escultura. que adotou as características do Cubismo e Futurismo. A Arte neste período não deveria ser vista como pura e sim carregada de informações daquela época, como por exemplo, as influências da indústria. Seus maiores vínculos estéticos eram os ideais políticos revolucionários.


Vladimir Tatlin
Moscou, 1885; Moscou, 1953

Monumento a Terceira Internacional: Vladimir Tatlin simbolizou neste monumento a força revolucionária da humanidade. O monumento contém o demonstrativo do potencial expressivo de uma estrutura técnica moderna.
O principal objeto deste movimento era “construir a arte, não criá-la”, onde estes princípios eram aplicados principalmente a escultura que trazia quatro dimensões sobrepostas a movimento e tempo.  O estilo baseava-se no uso de materiais industrializados como vidro, metal e plástico em obras tridimensionais, chegando ao que se pode chamar de “colagem tridimensional”.

Vladimir Tatlin. Modelo para o Momento à  Terceira Internacional. 1919-20. Madeira, ferro e vidro; altura: 6,1m. (destruído; fotografia contemporânea).


El Lissitxky
Polchinok, 1890; Moscou, 1941

Golpeie os Brancos com a Cunha: O cartaz de rua aplica as formas suprematistas e as propagandas revolucionárias. Transmite a impressão de que a cunha vermelha irá romper o círculo branco (velha ordem).
            Durante vários períodos a arte teve a necessidade de ir além dos modelos tradicionais; com a devastação causada pela Primeira Guerra Mundial e a queda do antigo regime há uma busca de combinações que expressam condições sociais e novos ideais.


El Lissitzy: Golpeie os Brancos com a Cunha 1919, cartaz, Stedelijk van Abbe-Museum, Eindhove, Países Baixos

Naum Gabo
Klimovichi, 1890; Waterbury, 1977

Construção Linear no Espaço Número 1
            Gabo explora na obra a interface entre espaço sólido, possuindo assim um caráter escultórico fluido e não geométrico. A utilização do material plástico dá a transparência necessária para o vão central causando uma forte tridimensionalidade.


Naum Gabo: Construção Linear no Espaço Número 1 1944-45, plástico, 30 x 30 x 6 cm, Universidade de Cambridge, Reino Unido


Antoine Pevsner
Orel, 1886; Paris, 1962

             Cabeça: Pevcner explorou a transparência e a maleabilidade do plástico, focando a atenção simultânea das superfícies interna e externas da obra.


Antoine Pevsner: Cabeça C. 1926-24, 77 x 59 x 92 cm, Tate, Londres, Reino Unido.


Aleksandr Rodchenko
São Petersburgo, 1891; Moscou, 1956

Construção Oval Suspensa, Número 12: A obra foi concebida a partir de uma única folha de compensado, cortada em faixas concêntricas da borda externa para o centro. Contém fios de arame que dão a fixação das faixas. Quando Fechada a estrutura forma um plano oval.
           Posteriormente o movimento ignorou as contradições entre a criatividade e as produções utilitárias, havendo uma separação entre o grupo que queria fazer a arte como pura (Ocidente) entre o grupo que colocaria a arte em serviço das necessidades econômicas e políticas do novo regime (grupo holandês De Stijl).

Aleksandr Rodchenko: Construção Oval Suspensa, Número 12 1920-21, compensado pintado e arame, 83 x 59 x 43 cm, Galeria Tretiakvov, Moscou, Rússia.




[1]
JANSON. H. W. e Anthony F. Introdução a História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
Arte: o guia visual definitivo/ consultor editorial Andrew Graham-Dixon; [traduzido por Eliana Rocha]. – São Paulo: Publifolha, 2011.
501 grandes artistas/ editor geral Stephen Farthing [tradução de Marcelo Mendes e Paulo Polzonoff jr.]. – Rio de Janeiro: Sextante, 2009.
Arte Comentada: da pré-história ao pós-moderno/ Carol Strickland; tradução Angela Lobo de Andrade – Rido de Janeiro: Ediouro, 2004.





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