sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

BAUHAUS

Grupo: Larissa Capiberibe NunesVera Lucia Ricci Zucarelli, Cristiane Mascarenhas Costa


            Em 1915, o arquiteto-designer belga Henry van de Velde, então Diretor da Escola de Artes Apliadas de Weimar, procurou o arquiteto alemão Walter Gropius e lhe propôs que o sucedesse. Nenhum dos dois poderia sequer imaginar o extraordinário e controverso impacto que a escola de Gropius teria desde então.
            A Bauhaus foi considerada a mais influente e famosa escola de arte do século XX[1]. Tornou-se o centro de algumas das mais utópicas ideologias e tendências da época. O termo bauhaus - haus, "casa", bauen, "para construir"[2] – permite-nos entender o sentido que conduz o programa da escola: a idéia de que o aprendizado e o objetivo da arte ligam-se ao fazer artístico, evocando a antiga reintegração das artes e ofício.
               No complexo de edifícios projetados por Gropius são definidas as abordagens características da escola. São elas as pesquisas formais e as tendências construtivistas realizadas com o máximo de simplicidade da utilização do solo e na construção; a atenção às características específicas dos diferentes materiais que utilizavam, como a madeira, vidro, metal; a idéia de que a forma artística deriva de um método, ou problema, previamente definido o que leva à correspondência entre forma e função; e o recurso das novas tecnologias, a incorporação de novos meios na arte. Assim ocorreu a produção de objetos mobiliários, de tapeçaria, luminárias, entre outros.
          O ano de 1928 marca a saída de Gropius da direção e sua substituição pelo arquiteto suíço Hannes Meyer, que marcou uma ênfase mais social em relação ao design, resultada em uma produção artística mais simples, barata e desmontável. Com o tempo, a pressão do nazismo sobre Meyer faz com que em 1930 a escola passe a ser dirigida pelo arquiteto Mies van der Rohe. E então, pelos mesmos motivos, dois anos depois, é oficialmente fechada.
A Bauhaus possuiu uma breve história de catorze anos e apenas 1.250 alunos. Porém, sua fama continua exercendo grande fascínio sobre as novas gerações desde então. A história da escola é, em suma, a história do surgimento do design moderno e das relações da arte com a tecnologia das máquinas.
         A equipe da Bauhaus contou com as seguintes personalidades: o arquiteto e designer Marcel Breuer, da Hungria; o arquiteto Ludwig Mies van der Rohe, alemão ex-aluno de Peter Behrens. O arquiteto suíço Hannes Meyer que assumiu a diretoria da Bauhaus quando o Gropius se afastou, em 1928;  Lászió Moholy-Nagy, ex-estudante de Direito em Budapeste e que se tornou educador e construtivista dos mais controvertidos; Johannes Itten, designer suíço adepto da filosofia e religião orientais. Paul Klee, ex-membro do grupo expressionista alemão Der Blaue Reiter e notório adepto dos princípios de composição harmoniosa.
        E finalmente Wassily Kandinsky, russo que também participou da Blaue Reiter e que defendia a improvisação criativa e a arte “sem conteúdo”. Ele decidiu integrar-se à Buahaus em 1922, depois de renunciar a uma cátedra na Escola de Vkhutemus, em Moscou.



Dessau Bauhaus Building, visão do norte, 1923 [3]
Walter Gropius, Bloco Comercial, Bauhaus, Dessau. 1925-26 [4]
Gunta Stölzl: cobertor com franjas, 1923. 118 x 100 cm.  Lã e seda artificial. [5]

          1.                                        2.
1.     Ludwig Mies van der Rohe with Lilly Reich; Side chair, 1931. Tubular streel painted red with came seat.
79,4 x 48,2 x 69,8 cm. Coleção Privada. Courtesy Neue Galerie New York.
2.     Ludwig Mies van der Rohe; Armchair, 1927-30; Chromium-plated tubular steel and leather.
79,4 x 55,6 x 87 cm. Coleção Privada. Courtesy Neue Galerie New York.[6]

Paul Klee; Solução “ee.” of the Birthday Assignment, 1924. 19,4 x 13,5 cm. Tempera e cartolina/cartão
Wassily Kandinsky: tapete do portifólio para Walter Gropius, 1924. Dimensões desconhecidas.[7]



[1] Bauhaus; CARMEL-ARTHUR, Judith. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2001.
[2] ORG Itaú Cultural
[3] Bauhaus, 1919-1933; DROSTE, Magdalena. Publicado por Bauhaus-Archiv Museum für Gestaltung. Kliengelhöfertr. Berlin, 2000.
[4] Iniciação à História da Arte; JANSON, H. W e Anthony F. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
[5] Bauhaus, 1919-1933; DROSTE, Magdalena. Publicado por Bauhaus-Archiv Museum für Gestaltung. Kliengelhöfertr. Berlin, 2000.
[6] Bauhaus 1919-1933: workshops for modernity; BERGDOLL, Barry e DICKERMAN, Leah. The Museum of Modern Art, New York (December 11, 2009)
[7] Bauhaus, 1919-1933; DROSTE, Magdalena. Publicado por Bauhaus-Archiv Museum für Gestaltung. Kliengelhöfertr. Berlin, 2000.

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