sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

NEOPLASTICISMO






Grupo:   Wanick Correa Flores



O termo Neoplasticismo[1] refere-se ao movimento artístico de vanguarda liderado pelo arista plastico Piet Mondrian, relacionado à arte abstrata. Defendia uma total limpeza espacial para a pintura, reduzindo-a a seus elementos mais puros e buscando suas características próprias. A necessidade de ressaltar o aspecto artificial da arte (criação humana), fez com que os artistas deste movimento, os que se fizeram mais notados como Mondrian e Theo Van Doesburg, usassem apenas as cores primárias – vermelho, amarelo e azul em seu estado maximo de saturação, ou seja artificial, assim como o branco e o preto - inexistentes na natureza, o primeiro sendo presença total e o segundo ausencia total da luz.

O movimento de arte e pesquisa realizado pelos artistas neoplástics foram essenciais para a arquitetura moderna, assim como a formulaçã do que hoje se conhece  por design. Apesar de afastados da Bauhaus devido a questões pontuais, ambos os movimentos fazem parte de um mesmo universo cultural.

     Embora muitos vejam Neo-Plasticismo como produto da revolta moral contra a violência irracional que assolava a Europa, alguns outros fatores foram essenciais para o nascimento do movimento, como o cubismo, que desfigurou os modos tradicionais de representação; o idealismo e austeridade do protestantismo holandês; o viés místico da teosofia, movimento do qual Piet Mondrian era membro.

O movimento teosófico alegava ter resolvido o conflito entre espiritualidade e ciência (evidenciado principalmente pela teoria da evolução de Darwin), ao aplicar o conceito de evolução a uma escala cósmica – todo o universo estaria evoluindo, não só as espécies, e nós estaríamos vivendo sucessivas encarnações rumo à perfeição. A doutrina influenciou o matemático M.H.J. Schoenmaekers, especialmente no tratado “Matemática Expressiva”, que acabou por influenciar de maneira forte a concepção artística de Piet Mondrian na fase inicial do Neo-Plasticismo.

Sendo assim esse estilo era visto por seus integrantes como mais do que um movimento artístico, possuía então um caráter quase messiânico, uma forma de filosofia e religião. Seus ideais primários era promover uma síntese místico-racional, uma busca pela ordem, pela harmonia perfeita existente que poderia ser acessível ao homem e à sociedade desde que este se subordinasse a ela. Trata-se de uma missão de caráter ético-espiritual, a tentativa de alcançar a beleza universal citada por Mondrian.
Previa-se que essa harmonia só poderia ser alcançada segundo os membros do grupo, com a obediência às leis que regem a produção artística, uma arte não figurativa, uma forma pura de representar o espírito humano, a arte se expressaria de maneira purificada e abstrata.
A arte não figurativa é fruto da intuição pura, do pensamento puro, embora tanto Mondrian quanto Van Doesburg admitam que os estímulos do mundo exterior são indispensáveis, pois eles provocam o desejo da criação, o desejo de tornar concreto através da obra de arte aquilo que só podemos sentir de forma vaga e imprecisa, mas que é inerente à vida e subjacente à realidade visível.


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