domingo, 4 de dezembro de 2011

SURREALISMO


Grupo: Alinne Carvalho de Sousa, Katia Cilene Ribeiro de Souza, Cybelle Manvailer Gonçalves 

O Surrealismo[1] surgiu entre primeira e segunda guerra mundial, primeiramente em Paris dos anos 20, com novas ideais de pintura, usando segmentos da psicologia moderna, mesclando o subconsciente com o consciente assim criando formas aparentemente estranhas, mas ao mesmo tempo fascinantes. O nome foi criado a fim de expressar o anseio dos jovens artistas de criarem algo mais real do que a própria realidade, algo mais real do que aquilo que vemos.(Arte experimental)
Os surrealistas se utilizaram da idéia de Sigmund Freud, que se diz aos nossos pensamentos, quando estão em estado de vigília são entorpecidos, a criança e o selvagem que existem em nós passam a dominar.
Assim os artistas admitem que a razão possa dar-nos a ciência, mas afirmam que só a não-razão pode dar-nos a arte.

  Os artistas do século XX não se satisfizeram em representar simplesmente “o que vêem”. Adquiriram uma profunda consciência dos muitos problemas que são ocultos nessa exigência. Assim o surrealismo mantinha pinturas com total liberdade, mas com duas restrições uma em que a manifestação do subconsciente realmente é rica, mas também pessoais e simbólicas, e outra de que as idéias serem do subconsciente, sua execução será sempre obra do consciente.
Os sonhos se mesclam, e transformam coisas em outras, nos leva de um lugar a outro. Um dos principais pintores surrealistas, o espanhol Salvador Dali, que passou muitos anos nos Estados Unidos, tentou imitar essa confusão extraordinária de nossa vida onírica. Em alguns dos seus quadros, misturou fragmentos surpreendentes e incoerentes do mundo real, e dá-nos a sensação deslumbrante de que deve existir algum nexo nessa aparente loucura.
O modo de Dali fazer cada forma representar muitas coisas ao mesmo tempo pode concentrar a nossa atenção nos muitos significados possíveis de cada cor e de cada forma – de forma a fazer nosso cérebro, nossa imaginação deixar brincar nessa ilusão e descobrir o que de fato ele quis transmitir em seus quadros.

Sabemos que, no passado mais distante, todas as obras de arte ganharam forma em torno de um núcleo vital.
Sendo, portanto segredo do artista realizar sua obra tão superlativamente bem que quase esquecemos indagar com que propósito foi feita, pela admiração pura que o modo como a fez em nós suscita.
Por questão de tradição a arte teve que reproduzir a natureza. A importância dessa exigência na história da arte, não reside no fato - de ser a “essência” ou o “dever” da arte imitar o mundo real.

Sendo assim a História da Arte a história de uma contínua elaboração e mudança de tradições, em que cada obra se refere ao passado e aponta para o futuro.
O que vale ressaltar no contexto do surrealismo, que os pintores além do registro e representação, com inteira liberdade, sem qualquer fiscalização da razão, do fluir de idéias e imagens em nosso espírito valeram-se também outros recursos – como o humor, paisagens de sonho e excesso de realismo, quase fotográfico.
Mas na pintura o humor como afirmam os surrealistas seria a máscara de seus desesperos.
Apesar de serem pinturas com total liberdade há duas restrições existentes, talvez pouco conhecidas.
A primeira é feita pelos psicanalistas: as manifestações do subconsciente realmente são ricas de beleza, mas extremamente pessoais e simbólicas.
A segunda restrição, feita por alguns pintores, é a seguinte: a concepção do quadro pode ser subconsciente, automática, mas a sua execução será sempre obra do consciente, com a aplicação de recursos racionais e lógicos ou em estado absoluta consciência.

Salvador Dalí, Girafa em Chamas, 1937 - Óleo sobre madeira, 35 x 27 cm
Salvador Dalí, Criança geopolitica Observando o Nascimento do Homem Novo, 1943 - Óleo sobre tela, 45,5 x 50 cm
René Magitte, O terapeuta, 1898 – 1967 - Óleo sobre tela
René  Magritte, Carta Branca ( Le Blanc Seine), 1965 - Óleo sobre tela,  81 x 65 cm
Salvador Dalí, Galarina, 1944 – 45 - Óleo sobre tela, 64,1 x 50,2 cm


[1]
CAVALCANTI, Carlos. História das Artes. Rio de Janeiro: Editora Rio. 1978.
GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.


Um comentário:

  1. Sou um admirador de quadros surrealistas e arte surrealista, e achei essa postagem excelente. Obrigado por compartilhar!

    ResponderExcluir