Grupo: Alinne Carvalho de Sousa, Katia Cilene Ribeiro de Souza, Cybelle Manvailer Gonçalves
O Surrealismo[1] surgiu entre primeira e
segunda guerra mundial, primeiramente em Paris dos anos 20, com novas ideais de
pintura, usando segmentos da psicologia moderna, mesclando o subconsciente com
o consciente assim criando formas aparentemente estranhas, mas ao mesmo tempo
fascinantes. O nome foi criado a fim de expressar o anseio dos jovens artistas
de criarem algo mais real do que a própria realidade, algo mais real do que
aquilo que vemos.(Arte experimental)
Os surrealistas se
utilizaram da idéia de Sigmund Freud, que se diz aos nossos pensamentos, quando
estão em estado de vigília são entorpecidos, a criança e o selvagem que existem
em nós passam a dominar.
Assim os artistas admitem
que a razão possa dar-nos a ciência, mas afirmam que só a não-razão pode
dar-nos a arte.
Os artistas do século XX não se satisfizeram
em representar simplesmente “o que vêem”. Adquiriram uma profunda consciência
dos muitos problemas que são ocultos nessa exigência. Assim o surrealismo
mantinha pinturas com total liberdade, mas com duas restrições uma em que a
manifestação do subconsciente realmente é rica, mas também pessoais e
simbólicas, e outra de que as idéias serem do subconsciente, sua execução será
sempre obra do consciente.
Os sonhos se mesclam, e
transformam coisas em outras, nos leva de um lugar a outro. Um dos principais
pintores surrealistas, o espanhol Salvador Dali, que passou muitos anos nos
Estados Unidos, tentou imitar essa confusão extraordinária de nossa vida
onírica. Em alguns dos seus quadros, misturou fragmentos surpreendentes e
incoerentes do mundo real, e dá-nos a sensação deslumbrante de que deve existir
algum nexo nessa aparente loucura.
O modo de Dali fazer cada
forma representar muitas coisas ao mesmo tempo pode concentrar a nossa atenção
nos muitos significados possíveis de cada cor e de cada forma – de forma a
fazer nosso cérebro, nossa imaginação deixar brincar nessa ilusão e descobrir o
que de fato ele quis transmitir em seus quadros.
Sabemos que, no passado mais
distante, todas as obras de arte ganharam forma em torno de um núcleo vital.
Sendo, portanto segredo do
artista realizar sua obra tão superlativamente bem que quase esquecemos indagar
com que propósito foi feita, pela admiração pura que o modo como a fez em nós
suscita.
Por questão de tradição a
arte teve que reproduzir a natureza. A importância dessa exigência na história
da arte, não reside no fato - de ser a “essência” ou o “dever” da arte imitar o
mundo real.
Sendo assim a História da
Arte a história de uma contínua elaboração e mudança de tradições, em que cada
obra se refere ao passado e aponta para o futuro.
O que vale ressaltar no
contexto do surrealismo, que os pintores além do registro e representação, com
inteira liberdade, sem qualquer fiscalização da razão, do fluir de idéias e
imagens em nosso espírito valeram-se também outros recursos – como o humor,
paisagens de sonho e excesso de realismo, quase fotográfico.
Mas na pintura o humor como
afirmam os surrealistas seria a máscara de seus desesperos.
Apesar de serem pinturas com
total liberdade há duas restrições existentes, talvez pouco conhecidas.
A primeira é feita pelos
psicanalistas: as manifestações do subconsciente realmente são ricas de beleza,
mas extremamente pessoais e simbólicas.
A segunda restrição, feita
por alguns pintores, é a seguinte: a concepção do quadro pode ser
subconsciente, automática, mas a sua execução será sempre obra do consciente,
com a aplicação de recursos racionais e lógicos ou em estado absoluta
consciência.
Salvador Dalí, Girafa em
Chamas, 1937 - Óleo sobre madeira, 35 x 27 cm
|
Salvador Dalí, Criança
geopolitica Observando o Nascimento do Homem Novo, 1943 - Óleo sobre tela, 45,5
x 50 cm
|
René Magitte, O terapeuta, 1898 – 1967 - Óleo sobre tela
|
René Magritte, Carta
Branca ( Le Blanc Seine), 1965 - Óleo sobre tela, 81 x 65 cm
|
Salvador Dalí, Galarina,
1944 – 45 - Óleo sobre tela, 64,1 x 50,2 cm
|
CAVALCANTI, Carlos. História das Artes. Rio de Janeiro: Editora Rio. 1978.
GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
Sou um admirador de quadros surrealistas e arte surrealista, e achei essa postagem excelente. Obrigado por compartilhar!
ResponderExcluir